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Início Bem viver Cultura

CINEMA PERNAMBUCANO

Filme que exalta a força das mulheres do Sertão do Pajeú estreia no Recife (PE)

'O Bem Virá' é dirigido por Uilma Queiroz e tem seis sessões no Cinema da Fundação de Casa Forte, com ingressos a R$ 14

15.maio.2025 às 16h48
Atualizado em 16.maio.2025 às 01h01
Recife (PE)
Fatima Pereira
Filme que exalta a força das mulheres do Sertão do Pajeú estreia no Recife (PE)

Protesto de mulheres sertanejas pelo direito de trabalharem nas Frentes de Combate à Seca - Fotografia digitalizada para o filme O Bem Virá

O Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no Recife (PE), em sua sala do Museu do Homem do Nordeste, passa a exibir o documentário pernambucano O Bem Virá, de Uilma Queiroz. Gravado em Afogados da Ingazeira, o longa-metragem une memória, poesia e a força feminina no Sertão do Pajeú. A sessão especial desta quinta -feira (15) foi cancelada devido às fortes chuvas que caíram sobre o Recife. Mas no domingo (18), às 15 horas, haverá uma sessão com a presença da diretora no tradicional Cinema São Luiz, no centro do Recife.

As sessões d’O Bem Virá na Sala Museu do Cinema da Fundação acontecem nesta sexta-feira, às 20h10; no sábado (às 15h45); domingo (às 18h30); segunda-feira (18h); e terça-feira (16h40). Os ingressos custam R$ 7 (meia) e R$ 14 (inteira), com exceção das terças-feiras, quando o preço é único de R$ 5 para todos. O cinema fica na avenida Dezessete de Agosto, nº 2187, bairro de Casa Forte, zona norte da capital. As vendas são exclusivas na bilheteria do local, a partir de uma hora antes da sessão. Assista ao trailer abaixo.

A diretora Uilma Queiroz é pajeuense de Carnaíba, mestra em História e desenvolve uma reflexão crítica sobre as representações dos sertões no cinema brasileiro. N’O Bem Virá ela parte de uma histórica foto de 13 mulheres grávidas, símbolo de resistência e esperança, trabalhando em uma frente de emergência de “combate à seca” em 1983. A diretora parte para o reencontro com essas mulheres 40 anos depois, lançando luz sobre histórias de personagens esquecidas e a potência das mulheres sertanejas.

Ao revisitar o passado, o filme também destaca as transformações vividas pelas personagens e pelo próprio Sertão. Ao longo de 80 minutos, o filme celebra trajetórias e conquistas na educação, no trabalho e na participação política, confrontando estereótipos de passividade que comumente marcam as representações do povo sertanejo.

Histórica foto de 13 gestantes trabalhando nas antigas Frentes de Combate à Seca. Foto: digitalizada para o filme O Bem Virá.

O Bem Virá foi eleito o Melhor longa-metragem Latino-ameriocano na Mostra Ecofalante de Cinema (Brasília), levou os prêmios de melhor roteiro e melhor direção no Festival de Cinema de Triunfo (Pernambuco) e também o 1º lugar na Mostra Sesc de Cinema em Pernambuco. O longa sertanejo recebeu menção honrosa no Festival Internacional de Filmes Museum Talkies (na Índia).

Além do Recife (PE), o filme também passa por Afogados da Ingazeira (PE), Garanhuns (PE), Maceió (AL), Manaus (AM), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS).

Editado por: Vinicius Sobreira
Tags: cinemacinema nacionalfeminismofeminismo popularPERNAMBUCOrecifesertão
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